- Empresário teve prisão preventiva revogada após racha mortal em Campo Maior
- Justiça considerou que não havia mais necessidade da prisão de Deivison Lima
- Deivison Lima foi preso por não responder às intimações que foram feitas pela Justiça
A juíza Daiane de Fátima Brandão, da 1ª Vara da Comarca de Campo Maior, revogou a prisão preventiva do empresário Deivison José Santos Lima, preso no dia 15 deste mês, acusado de envolvimento na morte de duas pessoas durante um racha em 2018.
A juíza Daiane de Fátima Brandão, da 1ª Vara da Comarca de Campo Maior, tomou a decisão de revogar a prisão preventiva do empresário Deivison José Santos Lima, que havia sido preso no último dia 15, acusado de envolvimento em um trágico acidente de trânsito durante um racha em 2018. O episódio resultou na morte de duas pessoas: José Luiz de Paiva Igreja e Pedro Barbosa Carvalho Filho.
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O empresário foi denunciado pelo Ministério Público do Piauí sob acusação de participar de corrida automobilística ilegal em via pública, colocando a segurança pública em risco e resultando em mortes. No entanto, Deivison Lima teve sua prisão preventiva decretada após não responder às intimações do processo.
A defesa de Deivison entrou com um pedido de liberdade dois dias após sua prisão, argumentando que ele é o único provedor de dois filhos pequenos, sendo que um deles está no espectro autista. A defesa destacou que sua ausência comprometeria o sustento das crianças.
Ao analisar o pedido, a juíza Daiane Brandão considerou que a finalidade da prisão — garantir o andamento do processo — havia sido cumprida. Embora a juíza tenha reconhecido a existência de indícios do crime, concluiu que não havia mais justificativa para manter o empresário preso, pois ele não apresentava risco à ordem pública ou à instrução criminal.
“Ainda que presente o fumus comissi delicti (a prova da existência do crime e os indícios de autoria), restou ausente o periculum libertatis (risco para a garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou garantia de aplicação da lei penal), não subsistindo fundamentos para manutenção da prisão preventiva”, afirmou a juíza em sua decisão.
Com essa decisão, Deivison Lima agora responde ao processo em liberdade, enquanto os outros quatro acusados pelo envolvimento no racha continuam soltos desde o início do processo.