Oposição progressista e tucana abalada em Teresina

Bárbara com Fábio Novo causou um terremoto na desarticulada oposição progressista e tucana de Teresina
Hérlon Moraes Hérlon Moraes

A adesão da deputada estadual Bárbara Soares à pré-candidatura do também deputado Fábio Novo, a prefeito de Teresina, causou um terremoto na desarticulada oposição progressista e tucana de Teresina. Todos, simplesmente todos, foram pegos de surpresa com o anúncio da filha de Firmino. Ficaram sabendo pela imprensa. As investidas tímidas de iniciar um levante rumo ao Palácio da Cidade ficaram pelo caminho. Iniciaram visitas a obras inacabadas que não emplacaram. Fizeram eventos políticos fracos, demonstrando desinteresse na corrida para 2024. Bárbara, assistindo tudo isso de camarote, ousou sair da bolha e romper com o discurso tímido dos Progressistas. Tucanos? Esses quase não falam. Se a estratégia de Bárbara terá êxito, só saberemos em 2024. Mas, sem dúvida alguma, a filha de Firmino honra o legado do pai que não hesitava em se arriscar politicamente quando o assunto era Teresina.


Votou 13

Horas depois de assistir a irmã declarar apoio a Fábio Novo, Cristina Soares, filha mais nova de Firmino, revelou que votou 13 nas últimas eleições. “E não me arrependo”, disse. A declaração da jovem também movimentou a política teresinense, já que expôs mais ainda a dificuldade que a oposição tem de se articular no estado. “Estou orgulhosa da minha irmã. Fez certo”, arrematou Cristina.

Base comemora

A base aliada ao governo Rafael comemorou e muito a adesão de Bárbara. O deputado Flávio Júnior foi um dos integrantes que celebrou a chegada da filha de Firmino. “Uma mulher, jovem, atuante e que, com certeza, muito irá contribuir com o trabalho de desenvolvimento por nossa Teresina”, declarou.

E agora MDB?

Está nas mãos do MDB o fechamento da chapa de Fábio Novo. Estaria o partido disposto a receber um nome ligado à Bárbara para ser vice de Novo? A legenda vai mesmo comprar briga com o PT e insistir na candidatura do médico Paulo Márcio? Na política, tudo é possível. Tivemos mais uma prova.

Sem mandato

O Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI) manteve a sentença do juiz da 72ª Zona Eleitoral de Itaueira, Ronaldo Paiva Nunes Marreiros, que cassou o mandato eletivo de todos os vereadores eleitos e suplentes do PSD do município de Flores do Piauí nas eleições municipais de 2020. Eles foram acusados de fraude à cota de gênero. As apurações demonstraram votação ínfima nas candidaturas femininas, ausência de atos efetivos de campanha, falta de engajamento no período eleitoral, assim como ações de campanha praticadas pelas mulheres em favor de outro candidato. Os eleitos cassados foram: Joaquim Ferreira da Costa (o Djaime de Marçalina), Leandro Ribeiro de Sousa Sá e Talison Alves Carvalho. Os suplentes cassados foram: Augusto Hipólito Ferreira, Carlene Borges dos Santos, Francisco de Assis Barros Júnior, Joselmar Pereira dos Santos, Maria Aparecida Soares do Rosário e Maria Naiara Piauilino de Sousa.

Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. Foto: Divulgação

Só homens

O PSD contava inicialmente com nove candidatos, sendo seis do sexo masculino e três do feminino. Porém, na realidade, o partido concorreu apenas com seis candidatos homens, visto que as supostas candidatas não praticaram atos de campanha. O PSD foi punido pelo lançamento das candidaturas fictícias de Carlene Borges dos Santos, Maria Aparecida Soares do Rosário e Maria Naiara Piauilino de Sousa. Segundo consta no processo, a então candidata Carlene Borges teve votação ínfima (13 votos) e nem sequer votou em si mesma. Além disso, pediu votos para o seu marido e candidato ao cargo de vereador, Djaime de Marçalina, apresentou prestações de contas padronizadas e nítida intenção de atender apenas à formalidade, sem efetivo cumprimento da legislação.

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