- TRE-PI julga habeas corpus de Tatiana Medeiros na próxima segunda-feira (14)
- Vereadora está presa desde 3 de abril por suspeita de compra de votos em 2024
- Defesa também solicita devolução de R$ 97 mil apreendidos em operação da PF
O Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI) marcou para esta segunda-feira (14), às 14h, o julgamento do pedido de habeas corpus da vereadora Tatiana Medeiros (PSB). A parlamentar está presa desde o dia 3 de abril, quando foi alvo da Operação Escudo Eleitoral, da Polícia Federal, que investiga compra de votos e ligação com facção criminosa em Teresina.
O Que Aconteceu
- Prisão na Operação Escudo Eleitoral: Tatiana Medeiros foi presa pela Polícia Federal sob suspeita de compra de votos e associação com facção criminosa durante o processo eleitoral de 2024. Ela está presa em um alojamento do Quartel Geral da Polícia Militar, no bairro Ilhotas.
- Julgamento do habeas corpus: O julgamento será conduzido pela Corte do TRE-PI e tem como relator o juiz José Maria de Araújo Costa, que será o primeiro a votar. O magistrado também analisa outro processo da parlamentar, em que ela solicita a devolução de R$ 97 mil em espécie e celulares apreendidos em fases anteriores da investigação da Polícia Federal.
- Pedido de liberdade negado em audiência de custódia: Na audiência de custódia realizada na sexta-feira (4), a defesa de Tatiana pediu a revogação da prisão preventiva, mas o procurador eleitoral preferiu apresentar o parecer por escrito. A Corte decidirá agora se ela continua presa ou poderá aguardar o andamento da investigação em liberdade.
- Mensagens nos celulares: A Polícia Federal recuperou mensagens deletadas do WhatsApp que revelam uma discussão entre a vereadora Tatiana Medeiros e seu namorado, Alandilson Cardoso Passos. Nos diálogos, Alandilson revela que gastou mais de R$ 1 milhão na eleição de Tatiana em 2024. Ela promete quitar a dívida, afirmando que venderia seu carro. O inquérito afirma que os recursos usados na campanha têm origem em facções criminosas ligadas ao tráfico de drogas no Piauí.

- Instituto suspenso: De acordo com a investigação, o Instituto Vamos Juntos, liderado por Tatiana, teria sido utilizado para lavagem de dinheiro e viabilização de recursos ilícitos na campanha de 2024. O juiz responsável pelo caso determinou a suspensão imediata das atividades do Instituto Vamos Juntos e impediu que a organização receba novos aportes de recursos.
- Afastamento do PSB: Na última segunda-feira (31), Tatiana Medeiros foi afastada do cargo de secretária geral do PSB. Ela chegou a afirmar que o afastamento foi “ditatorial” sem possibilidade de ampla defesa, contraditório e a presunção de inocência e prometeu recorrer à Executiva Nacional do PSB.
- Fotos: 2ª fase da Operação Escudo Eleitoral da Polícia Federal





