Vídeo: Rafael fala sobre combate ao crime e transição energética na CNN

O governador do Piauí, Rafael Fonteles, falou sobre a avaliação de Lula no Nordeste, o impacto da inflação dos alimentos, o uso de câmeras corporais pela Polícia Militar e o potencial da energia limpa no Nordeste durante entrevista ao programa Bastidores CNN, do canal CNN Brasil nesta terça-feira (18).

• Avaliação de Lula: Rafael reconheceu uma leve queda na aprovação de Lula no Piauí, mas destacou que o presidente mantém índices de aprovação superiores a 65%. O governador atribui essa oscilação à inflação dos alimentos e à comunicação insuficiente das ações federais. “Eu posso falar um pouco mais sobre o Piauí, o estado que eu governo. Houve realmente uma oscilação negativa na avaliação do presidente Lula, mas ele continua amplamente aprovado pela população, com um indicador acima de 65%. É claro que houve uma pequena queda, certamente isso tem a ver com essa questão da inflação dos alimentos, que é algo a meu ver passageiro, que tem uma solução, e também com a presença maior do presidente na região, no Piauí, tudo que o governo está fazendo, que as vezes a comunicação dessas entregas precisa ser aperfeiçoada não está chegando essa informação na ponta. Então acredito que é algo passageiro, e reversível no curto prazo”, disse Rafael.

• Inflação dos alimentos no foco: “A inflação deve ser o foco principal, especialmente a inflação dos alimentos. Acho que essa super safra que vamos ter, com mais incentivos ainda à produção, tanto da agricultura familiar como do agronegócio podem refletir positivamente no arrefecimento desses preços, bem como a confiabilidade da política econômica que pode estabilizar, mais ainda, a questão cambial, do dólar, que já tem diminuído o valor nas últimas semanas, esperamos que isso continue. Com esses dois fatores, o aumento da produção e a diminuição do dólar, acredito que teremos boa notícia em relação ao preço dos alimentos nas próximas semanas e meses”.

• Câmeras corporais: “Nós seguimos a recomendação do governo federal. Estamos alinhados como o ministro da Justiça, com o Ministério da Justiça. Amanhã estaremos recebendo o Piauí a secretária nacional de Segurança Pública para exatamente celebrar o início dessa operação com câmeras corporais. Será um processo gradativo. Eu acredito que essa medida de transparência é importante para as forças de segurança e para os cidadãos de forma geral. E como nós sempre defendemos o investimento em tecnologia, inteligência e integração é o melhor caminho para combater a criminalidade. O Piauí tem conseguido reduzir os indicadores de homicídios por dois anos consecutivos, acima de 10% de queda, e também o crime de roubo e furto, sobretudo de celulares, uma queda superior a 40%. Exatamente porque estamos investindo fortemente em tecnologia, inteligência, integração, inclusive com o Poder Judiciário. E tendo uma atuação firme no combate ao crime organizado com muitas operações integradas que tem resultado em uma redução da criminalidade a partir da prisão desses criminosos que insistem em cometer esses crimes que muito prejudicam a nossa população. E a prioridade absoluta da população e portanto é a prioridade do nosso governo”.

• Transição energética: “Eu costumo dizer que o Nordeste tem uma grande oportunidade para o próprio Nordeste, para o Brasil e para o mundo, que é a transição energética. O Nordeste é o maior gerador de energia renovável – eólica e solar – tem tudo para ser o maior desenvolvedor de projetos de hidrogênio e a partir daí fazer uma neo industrialização do Nordeste, a partir de uma indústria verde geradora de empregos de qualidade e sintonizada com essa temática ambiental. Eu realmente acho que essas metas de descarbonização da indústria global são reais. As empresas estão levando a sério, mesmo que alguns países teimem em apostas no contrário, e não coloquem isso como prioridade, é um movimento irreversível e portanto o Nordeste é o candidato natural no Brasil e na América do Sul para ser o grande beneficiário da transição energética gerando emprego seja na geração e no consumo das energias renováveis para industrializar nossa região. […] O Piauí produz 7 GHz de energia, 100% limpa, e só consome 1 GHz. Ou seja, temos sete vezes a energia que a gente consome. Isso hoje é exportado, a partir do sistema elétrico, para outras regiões do país. Nós queremos que essa energia além de ser produzida no Piauí seja consumida no Piauí. Isso vale para todos os estados do Nordeste. Porque quem tem essa energia limpa e barata tem tudo para industrializar sua região, o seu estado”.