- A investigação dá conta de que Filipe cobrava propina de um traficante
- Ele se passou por PM e disse ter informações sobre um "x9"
- Ao descobrir a mentira, o traficante ordenou a morte de Filipe
Em 17 março, a morte de Filipe Rodrigues, Raissa Santos e o filho do casal, Miguel Felipe dos Santos Rodrigues, de apenas sete meses chocou a todos. Eles foram emboscados e mortos dentro do carro quando voltavam de um almoço na casa dos tios.
Agora, a Polícia Civil do Rio de Janeiro iniciou uma operação nesta quarta-feira (3), para prender dois suspeitos de envolvimento na morte da família. Wesley Pires da Silva Sodré, suspeito de participação no crime, foi preso. Lucas Lopes da Silva, o Naíba, suspeito de ser o mandante, está foragido.
Mentiras por dinheiro
De acordo com as investigações da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, Filipe enganou o tráfico na comunidade do Castro ao se passar por policial e cobrar propina para identificar e entregar um informante. O valor cobrado era de R$ 50 mil.
Ainda segundo a Delegacia de Homicídios, Filipe havia procurado Naíba no início de março e garantiu ter detalhes sobre um “x9”. Ele forneceu dados e o endereço do homem e recebeu R$ 11 mil pelas informações.
As investigações apontam que no dia 15 de março, Filipe armou uma emboscada para o informante. Wesley participou da captura do mesmo. Este homem ainda está desaparecido.
Nos dois dias seguintes, Filipe cobrava os R$ 39 mil restantes do acordo quando Naíba descobriu que ele era um gesseiro e motorista de aplicativo, não policial militar.
Ciente disto, o traficante mandou matá-lo por achar que Filipe tinha informações demais sobre o tráfico na região. Em 17 de março, Filipe foi atraído por Wesley até a comunidade do Castro, momento em que foi emboscado junto com sua família. Todos morreram.