O menino João Miguel da Silva, 7, morreu nesta quarta-feira, dia 28, no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). Ele estava internado desde o último domingo, dia 25. O irmão mais velho do garoto – de oito anos – segue internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no HUT.
Os dois foram internados com suspeita de envenenamento – a suspeita é que uma vizinha das vítimas identificada como Lucélia Maria da Conceição Silva, 52, tenha dado cajus envenenados para as crianças. Ela foi presa e negou as acusações na Central de Flagrantes.
João Miguel e o irmão foram atendidos no Hospital Nossa Senhora de Fátima e devido a complexidade do estado de saúde foram removidos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) Aéreo para o HUT.
Na terça-feira, da 27, o hospital abriu protocolo de morte encefálica do garoto. Os vizinhos da suspeita, revoltados, incendiaram a casa da mulher. O caso é investigado pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher e aos Grupos Vulneráveis.
Prisão Preventiva
O juiz Marcos Antônio Moura Mendes, do Núcleo de Plantão de Parnaíba, decretou a prisão preventiva da suspeita e afirmou que a materialidade do crime está configurada a partir de elementos encontrados pela investigação na residência de Lucélia Maria.
“Existem indícios de autoria (veneno encontrado na residência da indiciada; existência de cajueiro em frutificação no quintal da residência dela; histórico de agressões a crianças, segundo o relato de vizinhos) […] considerando-se o histórico relatado nos autos (lesão corporal com água quente em crianças, por exemplo). […] o risco de reiteração de crimes contra crianças impõe a conversão do flagrante em prisão preventiva”, decidiu o juiz Marcos Antônio.