- Chefão do PCC afirmou ter pago R$ 5 milhões a policiais da Rota na Operação Sharks
- Investigações revelam envolvimento de policiais do setor de inteligência da Rota
- MP-SP aponta inação do então comandante da Rota diante das denúncias
O então líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) fora do sistema carcerário, Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta, afirmou ter pago R$ 5 milhões a policiais da Rota para obter informações que permitiram sua fuga durante a Operação Sharks, deflagrada pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) em 2020. O valor teria sido pago em parcelas, com uma entrada de R$ 2 milhões.
O Que Aconteceu
- Pagamento e Fuga: Marcos Roberto de Almeida (Tuta), líder do PCC, revelou em áudios que pagou R$ 5 milhões a policiais da Rota. A informação permitiu que ele escapasse de ser preso durante a Operação Sharks, em setembro de 2020. O pagamento foi dividido em uma entrada de R$ 2 milhões e o restante em parcelas.
- Inteligência da Rota: Investigações do Gaeco indicam que o esquema envolveu policiais do setor de inteligência da Rota, que realizavam “trabalho velado”. Áudios obtidos pelos promotores revelaram Tuta dizendo: “O pessoal da R salvou minha vida na Sharks.”
Reação e Inação da PM
- Reação da PM: O MP-SP levou o caso ao então comandante da Rota, José Augusto Coutinho, que não teria tomado providências. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) declarou apenas que a Polícia Militar investiga rigorosamente denúncias de desvios de conduta.