- Os 12 mandados judiciais foram cumpridos por policiais federais em Teresina
- Ao todo, mais de 50 policiais federais trabalharam na operação em Teresina
- PF apura esquema de desvios de recursos públicos da merenda escolar no Piauí
O delegado federal Diego Claudino dos Santos afirmou na manhã desta terça-feira, dia 27, que a Operação Flashback cumpriu 12 mandados de busca e apreensão e sequestro de bens e valores em Teresina tendo como alvos residências e empresas de investigados por desvio de recursos públicos federais oriundos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).
“Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal Criminal de Teresina e todos os endereços foram cumpridos nesta capital”, disse o delegado federal Diego Claudino.
A investigação aponta um núcleo de pessoas e empresas já investigadas no passado em operação policial que constituíram uma nova pessoa jurídica para poder dar continuidade a um esquema que já era operado no passado. “Como modos operandi essa constituição sucessiva de empresas para atuação irregular onde algumas delas foi decretada o impedimento de contratação com o poder público. Estavam proibidas e os investigados se utilizavam de outras pessoas jurídicas para perpetuar a atividade criminosa”, explicou o delegado federal Diego Claudino.
Os alvos podem ser enquadrados em vários crimes. “A investigação apura crimes licitatórios, o direcionamento e favorecimento das empresas beneficiadas, crimes de associação criminosa, crime contra a administração pública e lavagem de capitais”, completou o delegado federal Diego Claudino.
A operação mobilizou mais de 50 policiais federais, com o apoio de auditores da Controladoria Geral da União (CGU). A investigação aponta continuidade de esquema criminoso envolvendo o fornecimento de merenda escolar para o poder público. Foram constatados superfaturamento por sobrepreço em procedimentos licitatórios, direcionamento das contratações, atuação em conluio entre as empresas, indicativos de utilização de notas fiscais falsas, o que ensejou o sequestro de bens e valores dos investigados no montante de aproximadamente R$ 20 milhões.
O objetivo da operação é interromper a prática criminosa, coletar provas para reforçar a tese investigativa e identificar outros servidores públicos ou particulares envolvidos no esquema, bem como recuperar bens e ativos adquiridos com os recursos desviados do Pnae.