O piloto Rafael Coelho Lacerda relatou que conversou ao rádio com o comandante piauiense Geraldo Martins de Medeiros Júnior cinco minutos antes da queda do avião que transportava a cantora Marília Mendonça. O acidente aéreo aconteceu no dia 5 de novembro de 2021.
“Eu estava cinco minutos atrás dele. Escutei quando ele reportou que estava nessa posição que a gente está passando agora”, contou Rafael Coelho ao reconstituir a trajetória do voo fatal em Caratinga, no interior de Minas Gerais.
A aeroporto de Caratinga não tem torre de controle e os pilotos costumam se comunicar com outras aeronaves antes de pousos e decolagens. “Uma comunicação padrão, igual todos os pilotos costumam reportar. Eu passei sobre o local do acidente, sem conseguir ver quando ela tinha caído. Não sabia que o avião tinha caído aqui. Acreditei que ele já teria pousado e prossegui com meu pouso”, completou Rafael Coelho.
O avião pilotado por Geraldo Júnior saiu da zona de proteção do aeroporto de Caratinga e se chocou contra o para-raio de uma torre de energia da Cemig.
“Ele não fez o que normalmente os pilotos que pousam aqui fazem, que é pousar dentro dessa área. Embora não seja proibido, ele poderia avançar, mas avançar com os cuidados, vendo os obstáculos que porventura existiam”, relatou Ivan Lopes Sales, delegado regional de Caratinga.
O dono da Pec Aviação, empresa contratada para transportar Marília Mendonça, revelou que era a segunda vez que a cantora voava na aeronave. E que o piloto Geraldo Júnior era o mais experiente da empresa, mas nunca tinha voado para Caratinga.
A perícia constatou que o piloto Geraldo Júnior não teve um mal súbito. E no sangue dele não havia sinais de drogas nem de bebida alcoólica. As informações são do Fantástico.