A família do piloto Geraldo Martins de Medeiros Júnior, 56, que morreu na queda do avião que transportava a cantora Marília Mendonça, 26, mudou de planos diante da burocracia e não vai mais fazer a cremação do corpo. Geraldo será sepultado neste domingo, dia 07, no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, em Brasília.
“Não vai ser mais cremado. A burocracia está muito grande. A gente tinha essa intenção para guardar as cinzas em Floriano junto com o pai dele, mas não vai ser mais. Vai ser enterrado aqui no Campo da Esperança. Mudança de planos”, disse a ex-esposa de Geraldo.
“[A cremação] era desejo da mãe dele. Ela queria deixar ele junto com o pai, que perdeu o pai em 2015. Não tem muito tempo que a gente tava nessa luta e foi cremado no crematório de Valparaíso, o mais próximo daqui”, completou Euda Dias. O velório acontece na Capela 10.
Geraldo Júnior era natural de Floriano. O piloto foi morar em Brasília logo cedo após o pai ser transferido para o Ministério das Comunicações, mas sempre estava presente – de duas a três vezes por ano – junto a família no sul do Piauí. “Ele merece todas as homenagens do mundo. Um ótimo piloto, uma ótima pessoa. Estamos muito abalados”, completou Euda Dias.
O padre, que também é do Piauí e amigo de Geraldo, se referiu a ele como um homem religioso, bondoso e quieto. “Eu sempre o encontrava na igreja sentado no cantinho do banco calado, acompanhando os filhos na catequese. Ele era um pai excelente”.
Os amigos cantaram a música Canção da América, famosa na voz de Milton Nascimento, emocionando a todos no velório de Geraldo Júnior.
Com 15 anos de experiência, o comandante era requisitado por celebridades e trabalhava a pouco mais de um ano na Pec Táxi Aéreo após se aposentar da Tam. O corpo foi trazido de carro de Caratinga, em Minas Gerais, para Brasília.
