O Conselho Regional de Enfermagem do Piauí (Coren-PI) interditou na manhã desta segunda-feira, dia 28, os serviços de enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Itacor, no centro de Teresina. O motivo da interdição foi a inexistência de enfermeiro, uma grave ilegalidade relativa ao exercício profissional de Enfermagem, apontada em um processo fiscalizatório que foi iniciado em 2021.
De acordo com o relatório, além da unidade, outros setores do hospital apresentavam inconformidades, que levaram o conselho a notificar os responsáveis pela instituição e a abrir um procedimento de sindicância. A interdição foi realizada pelos conselheiros Deusa Helena Albuquerque, Wendel Alves e a fiscal Andressa Nogueira.
Após adequações realizadas em outros setores e a persistência da ilegalidade na UTI, o plenário do Coren-PI decidiu pela interdição do setor, como explica o conselheiro Wendel Alves, que esteve presente no momento da interdição. “Com base na lei, resolvemos pela interdição da UTI 2 do hospital. Nesses casos, sempre levamos em consideração o risco-benefício. Entendemos que o risco de um paciente ser atendido nesse setor é muito maior que o benefício de um atendimento, sem as condições mínimas necessárias”, disse o conselheiro Wendel Alves.
Para a chefe do Departamento de Gestão do Exercício Profissional (DGEP) do Coren-PI, Andressa Nogueira, as inconformidades encontradas ferem a Lei do Exercício Profissional da Enfermagem, comprometendo a qualidade dos serviços e colocando pacientes e profissionais de Enfermagem em risco: “O funcionamento da UTI 2, naquelas condições, estava colocando todos em risco. O Coren-PI se coloca à disposição para oferecer o suporte técnico necessário, para que haja a reabertura segura daquela unidade o quanto antes”, finalizou Andressa Nogueira.
A interdição ética se aplica somente aos serviços de Enfermagem da UTI 2 do hospital e que a desinterdição pode ser solicitada a qualquer momento, desde que a irregularidade apontada seja solucionada pelo Itacor.