Caso Marília Mendonça: advogado cobra sinalização dos fios da Cemig

A investigação concluiu que o piloto Geraldo Júnior fez uma “avaliação inadequada” no acidente em MG
Redação PI24h Redação PI24h

O advogado Rogério Magalhães de Araújo Nascimento, que defende as famílias do piloto piauiense Geraldo Júnior, e do copiloto Tarciso Viana, defendeu nesta terça-feira, dia 16, após a divulgação do relatório da investigação do acidente que vitimou a cantora Marília Mendonça, a sinalização dos fios de alta tensão da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).

Segundo o relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticas (Cenipa), da Força Aérea Brasileira, a aeronave bateu em um cabo de uma torre de distribuição da Cemig, perdeu o motor esquerdo, e caiu em Caratinga (MG).

“Eles eram experientes, dedicadas, responsáveis. O resumo para nós é que, de fato, deveriam ter sido sinalizados os fios de alta tensão. Deveria ter uma carta de aproximação para pouso naquele aeródromo”, disse o advogado Rogério Magalhães.

O Cenipa apontou que o cabo não representava obstáculo para o pouso em Caratinga. “Uma vez que a linha de 69 kV encontrava-se fora dos limites de Zona de Proteção de Aeródromo (ZPA) estabelecidos pelo PBZPA, ela não se caracterizava como um obstáculo que pudesse causar efeito adverso à segurança ou regularidade das operações aéreas”, apontou o relatório do Cenipa.

A investigação concluiu que o piloto Geraldo Júnior fez uma “avaliação inadequada” no acidente que matou Marília Mendonça. “No que diz respeito ao perfil de aproximação para pouso, houve uma avaliação inadequada acerca de parâmetros da operação da aeronave, uma vez que a perna do vento foi alongada em uma distância significativamente maior do que aquela esperada para uma aeronave de ‘Categoria de Performance B’ em procedimentos de pouso”, diz o relatório do Cenipa.

O órgão reforçou que a investigação não busca o “estabelecimento de culpa ou responsabilização”, nem comprovar as causas do acidente, mas propor a adoção de medidas por meio de recomendações de segurança, buscando o aprimoramento da segurança de voo.

A investigação também concluiu que não houve falha mecânica durante o acidente. O relatório aponta que a aproximação da aeronave do solo “foi iniciada a uma distância significativamente maior do que aquela esperada” e “com uma separação em relação ao solo muito reduzida”.

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