Com as eleições municipais marcadas para este domingo, 06 de outubro, o Ministério Público do Trabalho no Piauí (MPT-PI) já contabilizou 31 denúncias de assédio eleitoral. O estado ocupa a terceira posição no Nordeste e a quarta no Brasil em número de casos, em meio a um total de 538 denúncias em todo o país.
A poucos dias das eleições municipais de 2024, o Ministério Público do Trabalho no Piauí (MPT-PI) já contabiliza 31 denúncias de assédio eleitoral, colocando o estado como o terceiro com mais registros no Nordeste, atrás da Bahia (74) e Paraíba (36), e o quarto em nível nacional. Até agora, foram registrados 538 casos de assédio eleitoral em todo o Brasil, com a região Nordeste liderando o número de denúncias, totalizando 227 ocorrências.
No Piauí, os casos de assédio envolvem principalmente trabalhadores sendo forçados a participar de atos de campanha durante o horário de trabalho, especialmente em empresas terceirizadas e cargos comissionados no setor público. Além disso, há relatos de coação para manifestar apoio político nas redes sociais, bem como punições como o corte de gratificações, atrasos salariais ou afastamento das funções para quem se recusa a participar de atividades eleitorais dos candidatos apoiados pelos empregadores.
O Procurador do Trabalho Igor Costa, coordenador de Promoção de Igualdade de Oportunidades no MPT-PI, afirmou que as denúncias se intensificam com a proximidade do pleito, e incentivou os trabalhadores a denunciarem casos de assédio de forma anônima. “Pedimos que os denunciantes apresentem provas, como prints, fotos e vídeos, para agilizar a investigação e resolução dos casos”, ressaltou.
Entre as cidades onde foram registradas denúncias estão Teresina, Picos, Bom Jesus, Parnaíba, e diversas outras do interior do estado. Em resposta às denúncias, o MPT-PI já emitiu duas decisões liminares, condenando práticas de assédio eleitoral e impondo multas em caso de descumprimento.