O ex-deputado Roberto Jefferson se entregou à polícia após oito horas resistindo à prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atacando policiais federais com tiros e granadas em Comendador Levy Gasparian, no interior do Rio de Janeiro.
Jefferson será levado à sede da Polícia Federal, no centro do Rio de Janeiro. Depois seguirá para o Instituto Médico Legal, para exame de corpo de delito, e para o presídio de Bangu 8.
Moraes se manifestou após a prisão: “Parabéns pelo competente e profissional trabalho da Polícia Federal, orgulho de todos nós brasileiros e brasileiras. Inadmissível qualquer agressão contra os policiais. Me solidarizo com a agente Karina Oliveira e com o delegado Marcelo Vilella que foram, covardemente, feridos”.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) também falou: “Como determinei ao ministro da Justiça, Anderson Torres, Roberto Jefferson acaba de ser preso. O tratamento dispensado a quem atira em policial é o de bandido. Presto minha solidariedade aos policiais feridos no episódio”. Jefferson é aliado de Bolsonaro.
O delegado Marcelo Vilella foi atingido na cabeça e na perna, e a policial Karina Oliveira foi ferida na cabeça. Os dois receberam alta após atendimento em um hospital do município no Rio de Janeiro.
Nova Prisão
Roberto Jefferson cumpre prisão domiciliar por ser investigado no inquérito que apura atentados contra a democracia do País.
O ex-deputado está proibido de usar as redes sociais, mas teve prisão decretada após gravar um vídeo, veiculado no perfil da filha Cristiane Brasil, onde ofende a ministra Carmen Lúcia, do STF.
Jefferson disse que a ministra “lembra mesmo aquelas prostitutas, aquelas vagabundas, arrombadas, né?” após reclamar de uma decisão tomada por ela no STF.