Casal é indiciado após viajar e abandonar cães no Tocantins

Dois sobreviveram se alimentando do corpo de um terceiro no Tocantins
Redação PI24h
  • Casal abandona três cães durante viagem e é indiciado por maus-tratos
  • Um dos cães morreu e os outros sobreviveram se alimentando do corpo
  • Crime é considerado qualificado; pena pode chegar a mais de seis anos

Um casal foi indiciado por maus-tratos qualificado após três cães serem abandonados em uma residência em Paraíso do Tocantins. Um dos animais morreu de fome, e os outros dois sobreviveram se alimentando do corpo dele, segundo a Polícia Civil, que apurou o caso a partir de uma denúncia anônima.

O Que Aconteceu

  • Denúncia levou à descoberta: A Polícia Civil recebeu uma denúncia anônima indicando a presença de cães em situação de maus-tratos em uma residência no município de Paraíso do Tocantins, região central do estado. Ao chegarem ao local, os agentes encontraram três cães, sendo que um já estava morto.

  • Sobrevivência extrema: Os outros dois cães estavam extremamente debilitados e, segundo a investigação, se alimentaram do corpo do cão morto para sobreviver, o que evidencia o nível de negligência ao qual foram submetidos.

  • Viagem sem cuidados: O delegado José Lucas Melo informou que os tutores — uma mulher de 49 anos e um homem de 45 — viajaram e deixaram os animais trancados na casa, sem providenciar nenhum tipo de cuidado, como alimentação ou hidratação. Eles confirmaram o abandono em interrogatório e disseram estar arrependidos.

  • Indiciamento por maus-tratos qualificado: Diante da morte de um dos animais, o casal foi indiciado por maus-tratos qualificado, com pena de até seis anos e oito meses de prisão. O inquérito foi finalizado e encaminhado à Justiça na sexta-feira (23).

  • Resgate e orientação: A vigilância sanitária foi acionada e resgatou os dois cães sobreviventes, que foram encaminhados para um abrigo. O delegado ressaltou a obrigatoriedade legal de garantir o bem-estar dos animais, inclusive durante ausências temporárias. “É dever dos tutores deixar alguém responsável por fornecer alimentação, água e cuidados”, reforçou.

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