- Ex-gerente teria furtado R$ 443 mil de um posto de combustíveis em Picos
- Suspeito oferecia descontos falsos e desviava dinheiro de clientes de posto em Picos
- Polícia investiga queima de provas no escritório do ex-gerente após incêndio no Piauí
A Polícia Civil do Piauí prendeu preventivamente, nesta terça-feira (25), o ex-gerente de um posto de combustíveis em Picos, suspeito de furtar aproximadamente R$ 443 mil do estabelecimento. Ele também é investigado por provocar um incêndio em seu escritório, possivelmente para modificar a cena do crime. A fraude envolvia descontos fraudulentos para clientes e desvio direto de valores, segundo a Delegacia Especializada em Crimes contra o Patrimônio (Depatri).
O Que Aconteceu
- Esquema de desvio milionário: O ex-gerente é suspeito de oferecer descontos falsos para clientes empresariais do posto de combustíveis. Ele abordava responsáveis pelo pagamento de frotas e oferecia reduções de 10% a 20% nas faturas. Assim que recebia os valores, não os repassava ao proprietário.
- Uso de funcionária para movimentar valores: Para dificultar o rastreamento do desvio, ele pedia a uma funcionária do posto que depositasse o dinheiro em sua própria conta bancária e, em seguida, transferisse para ele. A prática era recorrente e ajudou a ocultar o esquema por um período.
- R$ 308 mil em cheques: Além do dinheiro desviado, o suspeito teria guardado cheques destinados ao dono do posto, no valor de R$ 308 mil, sem repassá-los. Ele adiava a entrega intencionalmente, aumentando as suspeitas do proprietário.
- Incêndio no escritório: O proprietário do posto, que reside fora do Piauí, percebeu a demora nos repasses e na prestação de contas e registrou um boletim de ocorrência. Ao avisar que iria pessoalmente a Picos averiguar a situação, o escritório do ex-gerente pegou fogo misteriosamente, no mesmo dia em que ele chegaria à cidade.
- Obstrução da investigação: Após o incêndio, o ex-gerente impediu que os funcionários acionassem a polícia de imediato. Em vez disso, ele entrou em contato com as trabalhadoras e pediu que lavassem o local, o que dificultou a perícia criminal e apagou vestígios que poderiam indicar a origem do fogo.
- Tentativa de destruição de provas: Ao registrar o incêndio, o suspeito insistiu para que as funcionárias informassem que os cheques haviam sido queimados no incidente. Entretanto, a polícia descobriu que ele havia deixado os cheques como garantia de um empréstimo de R$ 40 mil, o que contradizia sua versão.
- Prisão após viagem: Depois do incêndio e do início das investigações, o ex-gerente viajou para São Paulo. Ele permaneceu fora do estado por um período, mas retornou a Picos na segunda-feira (24). No dia seguinte, foi preso preventivamente pela Polícia Civil do Piauí.
