- Câmeras mostram o marido atacando a vítima horas antes da morte no Rio de Janeiro
- Depoimentos e laudos confirmam indícios de feminicídio com asfixia mecânica
- A prisão temporária do suspeito foi decretada e o caso segue na Delegacia de Homicídios
A morte da personal trainer Ilinês Silva, no último domingo (26), passou a ser investigada como feminicídio após a Polícia Civil encontrar indícios de agressão cometida pelo marido, Valdenir da Silva Almeida. Imagens de câmeras de segurança mostram o suspeito agredindo a vítima horas antes de ela ser encontrada morta. O caso está a cargo da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). A prisão temporária de 30 dias do suspeito foi autorizada pela Justiça na noite desta segunda-feira (27).
O Que Aconteceu
- Flagrante de Agressão: Imagens das câmeras de segurança do condomínio mostram o momento em que Valdenir da Silva Almeida agride Ilinês Silva no corredor do edifício. O ataque ocorreu ainda na manhã de domingo (26). Testemunhas relataram ter ouvido gritos e discussões vindo do apartamento do casal.
- Suicídio Forjado: Horas depois das agressões, Valdenir informou ao porteiro do prédio que sua esposa havia se matado. A delegada Cristiana Bento, titular da 54ª DP (Belford Roxo), no Rio de Janeiro, afirmou que o suspeito tentou sustentar a versão de suicídio para despistar os investigadores.
- Asfixia Mecânica: Um exame pericial determinou a causa da morte como asfixia mecânica, o que reforçou a suspeita de feminicídio. A conclusão pericial se baseou em marcas e sinais de violência no corpo de Ilinês, incompatíveis com um cenário de enforcamento voluntário.
- Histórico de Agressões: Testemunhas próximas ao casal contaram à polícia que Valdenir já teria agredido Ilinês em outras ocasiões. Vizinhos relataram discussões frequentes, e amigos confirmaram que a personal trainer planejava sair de casa devido ao comportamento violento do marido.
- Prisão Temporária: Diante dos elementos que caracterizam crime de feminicídio, o inquérito foi transferido para a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), especializada em investigações de homicídios na região. No fim da tarde de segunda-feira (27), a Justiça concedeu a prisão temporária de 30 dias para Valdenir, que foi detido por policiais da 54ª DP.
