- Sebastião Salgado morre aos 81 anos em Paris; causa da morte não foi revelada
- Fotógrafo transformou a arte em ferramenta de denúncia social e ambiental
- Instituto Terra confirma falecimento e celebra seu legado humanitário
O fotógrafo Sebastião Salgado morreu nesta sexta-feira (23), aos 81 anos, em Paris, onde vivia com a esposa Lélia Deluiz Wanick Salgado e o filho Rodrigo. A causa da morte não foi divulgada. O falecimento foi comunicado pelo Instituto Terra, organização criada pelo casal e referência em restauração ambiental no Brasil.
O Que Aconteceu
- Morte anunciada pelo Instituto Terra: A notícia foi divulgada nas redes sociais do Instituto Terra, projeto idealizado por Sebastião e Lélia. Em nota, a organização destacou: “Sebastião foi muito mais do que um dos maiores fotógrafos de nosso tempo. Ao lado de sua companheira de vida, Lélia Deluiz Wanick Salgado, semeou esperança onde havia devastação e fez florescer a ideia de que a restauração ambiental é também um gesto profundo de amor pela humanidade”.
- Legado artístico e humano: Sebastião Salgado se destacou mundialmente por seu olhar humanista e engajado, com séries emblemáticas como “Trabalhadores”, “Êxodos” e “Gênesis”, que retrataram desde a desigualdade social até a força da natureza. O acervo do artista em Paris reúne mais de 500 mil imagens.
- Estado de saúde debilitado: Amigos próximos informaram à Folha de S.Paulo que o fotógrafo sofria de complicações de uma malária contraída nos anos 1990, que pode causar insuficiência renal, cerebral e hepática.
- Exposição em cartaz na França: Salgado tinha uma exposição em exibição no centro Les Franciscaines, em Deauville, na França, até 1º de junho de 2025. A mostra é organizada em colaboração com a Maison Européenne de la Photographie, que possui mais de 400 obras suas no acervo.
- Últimos anos e liberdade da velhice: Em entrevista à GQ, publicada em junho de 2024, declarou: “Não falei que pararia de trabalhar, só que, aos 80, você atinge uma liberdade inimaginável. O que vier pela frente é lucro. As pessoas vivem, quando muito, até os 90, e estou mais próximo da morte”.
- Trajetória pessoal: Mineiro, natural de Aimorés (MG), era o único filho homem entre dez irmãos. Formado em Economia com pós-graduação na USP, chegou a trabalhar no Ministério da Economia antes de se dedicar à fotografia a partir da década de 1970.