- Eduardo dos Santos foi preso no Rio de Janeiro após fugir da cadeia na PB
- O estupro coletivo aconteceu na festa de aniversário de um irmão de Eduardo
- Reconhecido, Eduardo decidiu matar Michele Domingos e Izabella Pajuçara
A Polícia Civil da Paraíba, por meio da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), foi até o Rio de Janeiro prender Eduardo dos Santos Pereira – o mentor do estupro coletivo que ficou conhecido como “Barbárie de Queimadas”. Ele era procurado desde novembro de 2020, quando fugiu do presídio PB-1, em João Pessoa. O criminoso foi capturado no Rio de Janeiro.
O estupro coletivo aconteceu durante uma festa de aniversário de um irmão de Eduardo, no município de Queimadas, em fevereiro de 2012. Várias mulheres estavam na residência, inclusive as esposas de alguns dos criminosos. Em determinado momento, um grupo de homens encapuzados invadiu a casa e anunciou um roubo. Era uma farsa. Eduardo e os comparsas, com os rostos cobertos, escolheram as mulheres que queriam estuprar e cometeram o crime.
Reconhecidos por uma das vítimas, Eduardo decidiu matar Michele Domingos e Izabella Pajuçara. Elas foram tiradas à força de dentro da casa, levadas em um carro e assassinadas a tiros. O caso foi investigado pela Delegacia de Homicídios de Campina Grande, à época comandada pela delegada Cassandra Duarte, e elucidado em menos de 24h, com a prisão de Eduardo, seu irmão e outros envolvidos.
O atual delegado-geral da Polícia Civil, André Rabelo – que era o superintendente da PC-PB na região de Campina Grande à época dos crimes –, disse que a prisão de Eduardo foi uma espécie de ‘questão de honra’ para a instituição.
“Fizemos a nossa parte à época dos fatos, elucidando e prendendo em menos de 24h todos os envolvidos naquela barbárie, mas infelizmente o mentor daquele absurdo, o Eduardo, conseguiu fugir do presídio. A partir daí, a Polícia Civil da Paraíba não deixou um só minuto de investigar o paradeiro desse foragido. Dia após dia, passo a passo, num trabalho incansável e que, com o apoio importante da Polícia Civil do Rio de Janeiro, resultou nessa captura que, certamente, ficará na história da crônica policial paraibana. E com um brinde a mais: podermos dizer que o mentor daquela barbárie foi capturado no mês da Mulher”, declarou André Rabelo.