Presa advogada suspeita de vazar dados para influencer no MA

Jordana de Sousa Torres foi presa no âmbito da operação Quebrando a Banca
Renato Rodrigues Renato Rodrigues
  • Operação foi deflagrada pela Polícia Civil do Maranhão
  • Mandados de prisão foram expedidos para o Maranhão, Piauí e Ceará
  • Membros são acusados de venderem informações sigilosas

A advogada piauiense Jordana de Sousa Torres foi presa durante a noite dessa terça-feira (20), no âmbito da terceira fase da Operação Quebrando a Banca, denominada “Erga Omnes”, deflagrada pela Polícia Civil do Maranhão e que investiga o envolvimento da influenciadora digital Skarlette Melo na divulgação de jogos de azar e vazamento de informações sigilosas. De acordo com o apurado pelo pi24h, ela se apresentou à sede da Secretaria de Segurança Pública durante a noite.

De acordo com as informações apuradas pelo pi24h, a Inteligência da Polícia Civil do Piauí corroborou com apoio ao cumprimento do mandado de prisão expedido pela Comarca de São Luís. Jordana é investigada por supostamente integrar um grupo de advogados composto por ela e mais dois membros que mantinham um núcleo jurídico de apoio a organizações criminosas. Eles são acusados pela Polícia Civil do Maranhão por acessar sem autorização o sistema de informação da Justiça (Pje) e negociado decisões judiciais protegidas.

Jordana Torres
Advogada Jordana Torres. Foto: Divulgação

A operação teve início no Maranhão e nessa terça-feira (20), os pais de Skarlete Melo, Lélio Rebouças e Karina Melo, foram presos após pagarem R$ 300 mil para ter acesso as informações que envolviam a filha e seu esposo, Erick Melo.

Outros dois suspeitos também foram presos, entre eles um ex-assessor do Ministério Público Estadual (MP-MA) que acessava o sistema do Processo Judicial Eletrônico (Pje) mesmo quatro anos após ter se desligado da entidade. Com o acesso, ele retirava as informações e as vendia aos investigados. Essa movimentação chamou atenção da Polícia Civil.

“A investigação foi idealizada quando se notou um acesso não autorizado ao sistema de Processo Judicial Eletrônico. Uma pessoa teve acesso no passado, desligou-se do poder público e manteve acesso. Dado momento essa pessoa fez um acesso, dentro de uma das operações da SEIC, divulgando informações que estavam protegidas por sigilo e segredo de Justiça. Essas informações foram comercializadas para os investigados por advogados, que passaram também a responder pelo crime, porque estavam se envolvendo diretamente”, explicou o delegado Augusto Barros ao G1 Maranhão.

Skarlete Melo
Skarlete Melo está presa no Ceará desde o fim de 2023 Foto: Reprodução/Instagram

Skarlete Melo está presa desde o fim do ano passado no Ceará, e é suspeita de integrar uma organização criminosa que supostamente utilizava o esquema de pirâmide financeira conhecido como Jogo do Tigre.

A terceira fase da operação Quebrando a Banca investiga influencers que divulgam jogos de azar ilegais e mandados de prisão, busca e apreensão foram cumpridos no Maranhão, Piauí e Ceará.

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