Professores de escolas e faculdades particulares param em Teresina

Categoria paralisa suas atividades em busca assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho em Teresina
Juliana Barros Juliana Barros

Os professores das escolas particulares e faculdades privadas do Piauí decidiram paralisar suas atividades na próxima sexta-feira, dia 04, e no sábado, dia 05, em busca da assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2023-2024. O movimento é liderado pelo Sindicato dos Professores e Auxiliares da Administração Escolar do Piauí (Sinpro-PI), que reivindica melhores condições de trabalho e a garantia de direitos já estabelecidos.

De acordo com professor Jurandir Soares, presidente do Sinpro, desde março o sindicato tem encaminhado propostas e tentado negociar com o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado do Piauí (Sinepe). No entanto, as propostas apresentadas pelo Sinepe têm desagradado a categoria, pois envolvem redução de direitos e condições salariais abaixo da inflação.

Entre as reivindicações dos professores estão a manutenção da bolsa de estudo de 70% no ensino superior para os trabalhadores, seus dependentes e cônjuges, reajuste salarial compatível com a inflação, não aumento da carga horária para mensalistas sem piso salarial e a concessão de ticket alimentação aos auxiliares de educação.

O professor Jurandir destaca que a categoria tem sido flexível durante as negociações, mas se preocupa com as tentativas de redução de direitos que já são garantidos. Ele ressalta que, enquanto as mensalidades nas escolas foram reajustadas em média 10% em janeiro, os repasses para a folha de pagamento dos professores não foram proporcionais.

Com a paralisação das atividades, os professores esperam criar um canal de negociação mais efetivo com o Sinepe e chamar a atenção da Justiça para a situação. Caso o impasse persista, a categoria não descarta a possibilidade de deflagrar uma greve por tempo indeterminado.

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