PL destitui assassino do ambientalista Chico Mendes

Presidente do partido afirmou desconhecer que o pastor era assassino confesso de Chico Mendes
Renato Rodrigues Renato Rodrigues
  • Darci virou "Pastor Daniel" na cidade de Medicilândia
  • Ele havia assumido a presidência em janeiro deste ano
  • Darci foi condenado a 19 anos de prisão pelo homicídio do ambientalista

Valdemar Costa Neto, presidente do PL, afirmou que Darci Alves Pereira, assassino confesso do ambientalista Chico Mendes, não é mais presidente do partido na cidade de Medicilândia, no Pará.

A decisão aconteceu após a repercussão do fato, publicado primeiramente pelo jornal O Eco. Na manhã da quarta-feira (28), Costa Neto anunciou que Darci teve seu nome retirado do quadro de filiados da sigla.

Chico Mendes foi assassinado ao 44 anos, em 22 de dezembro de 1988 enquanto tomava banho nos fundos de sua casa, em Xapuri (AC). Darci se entregou à polícia dois anos após o crime e confessou ser o assassino de Mendes, mudando sua versão seis anos depois.

Em 15 de dezembro de 1990, Darci e seu pai, Darly Alves da Silva foram condenados a 19 anos de prisão, na condição de executor e mandante do crime, respectivamente. Eles ficaram presos na penitenciária Francisco de Oliveira Conde, em Rio Branco (AC) e fugiram em dezembro de 1993, quando passaram três anos foragidos.

Recapturados em 1996, foram levados para o complexo de segurança máxima da Papuda, em Brasília. Três anos depois, Darly alegou problemas de saúde e conquistou o direito de cumprir sua pena em prisão domiciliar. Darci foi integrado ao regime semi-aberto por bom comportamento. Ele mudou de nome, se converteu e virou o “Pastor Daniel”, pessoa bem quista na comunidade de Medicilândia.

Presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto reiterou em suas redes sociais que não tinha conhecimento algum que o Pastor Daniel era, na verdade, o assassino do ambientalista Chico Mendes.

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