China tem surto de doenças respiratórias em crianças, diz OMS

China manteve uma política conhecida como Covid Zero que foi abandonada em 2022
Redação PI24h Redação PI24h

A Organização Mundial da Saúde (OMS) solicitou mais informações às autoridades chinesas sobre o aumento de doenças respiratórias e surto de pneumonia entre as crianças do País. As autoridades da Comissão Nacional de Saúde da China relataram um aumento nas doenças respiratórias em uma entrevista coletiva na semana passada, informou a OMS.

“As autoridades chinesas atribuíram este aumento ao levantamento das restrições da Covid-19 e à circulação de agentes patogénicos conhecidos, como a gripe, o Mycoplasma pneumoniae (uma infecção bacteriana comum que normalmente afeta crianças mais novas), o vírus sincicial respiratório (RSV) e o SARS-CoV-2 (o vírus que causa a Covid-19)”, afirmou a OMS.

Também foram notificados grupos de casos de pneumonia pediátrica não diagnosticados no norte do país, afirmou a organização, mas não está claro se estes estão relacionados com infecções respiratórias. A China manteve uma política conhecida como Covid Zero – marcada por confinamentos e quarentenas rigorosos, testes em massa e rastreio rigoroso de contatos – até abandonar a estratégia em dezembro de 2022.

Estas medidas anti-Covid também limitam a propagação de germes mais comuns, dizem os especialistas, criando uma “lacuna de imunidade” que pode tornar as pessoas mais vulneráveis ​​à infecção quando param de tomar tais precauções.

Relatos da mídia sugerem “um surto generalizado de uma doença respiratória não diagnosticada em diversas áreas da China”, de acordo com o Programa de Monitoramento de Doenças Emergentes da Sociedade Internacional de Doenças Infecciosas, conhecido como ProMED.

“Não está claro quando este surto começou, pois seria incomum que tantas crianças fossem afetadas tão rapidamente”, mas relatos de doenças predominantemente em crianças sugerem “algum exposição nas escolas”. A ProMED afirma que aguarda mais informações sobre a extensão do problema, mas que é muito cedo para fazer quaisquer projeções ou especulações.

A OMS afirmou ter solicitado à China informações epidemiológicas e clínicas, resultados laboratoriais destes grupos, detalhes sobre tendências na circulação de agentes patogénicos e a carga sobre os sistemas de saúde.

A agência aconselha as pessoas na China a tomarem medidas de precaução para reduzir o risco de doenças respiratórias, incluindo tomar as vacinas recomendadas, ficar em casa quando estiverem doentes, usar máscaras perto de outras pessoas e lavar as mãos regularmente.

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