Justiça cassa vereador por divulgar laudo falso contra Boulos

Vereador também é declarado inelegível por oito anos pela Justiça Eleitoral
Redação PI24h
  • Justiça Eleitoral cassa Rubinho Nunes e o torna inelegível por 8 anos
  • Vereador compartilhou laudo médico falso contra Guilherme Boulos
  • Documento foi desmentido por perícia da Polícia Científica de São Paulo

A Justiça Eleitoral de São Paulo cassou o mandato do vereador Rubinho Nunes (União Brasil) e o declarou inelegível por oito anos por divulgar um laudo médico falso que atribuía ao então candidato a prefeito Guilherme Boulos (PSol) o uso de drogas e um surto psicótico. A decisão é de primeira instância e cabe recurso no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP).

O Que Aconteceu

  • Divulgação de documento falso contra Boulos: Dois dias antes do 1º turno das eleições de 2024, Rubinho Nunes compartilhou no Instagram um laudo médico falsificado, inicialmente publicado por Pablo Marçal (PRTB), alegando que Boulos estava em surto psicótico e teria testado positivo para cocaína.

  • Laudo desmentido e juiz cita “conduta ilícita”: A Polícia Científica confirmou que o documento era falso e atribuía o exame a um médico que já estava morto há anos. A publicação ficou no ar por cerca de 26 minutos, tempo suficiente para atingir quase 4 mil curtidas e gerar ampla disseminação. Segundo o juiz Antonio Maria Patiño Zorz, Rubinho agiu com “alta reprovabilidade” e violou o dever de cautela exigido dos candidatos.

  • Cassação, inelegibilidade e denúncia contra Pablo Marçal: A decisão foi proferida pela 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, que entendeu que houve uso indevido dos meios de comunicação, abuso de poder político e fraude eleitoral. O Ministério Público Eleitoral denunciou Pablo Marçal por sua participação no caso. A ação foi movida pelo então candidato a vereador Leonardo Becker (PSol – Rede), que apontou ação coordenada de desinformação eleitoral.

  • Rubinho se defende e promete recorrer: Em nota, Rubinho Nunes afirmou que respeita, mas discorda da decisão e que irá recorrer ao TRE-SP. Ele disse ainda que apenas repostou o conteúdo publicado anteriormente por Marçal e retirou a publicação rapidamente, assim que surgiram indícios de falsidade.

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