- Presidente Kennedy Barros anunciou auditoria nas contas da FMS da Prefeitura de Teresina
- Conselheiro quer saber os motivos do remanejamento de recursos mesmo com aparelhos retirados do HUT
- Kennedy Barros concedeu liminar para suspender efeitos de decretos de remanejamento do prefeito Dr. Pessoa
O presidente do Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI), conselheiro Kennedy Barros, anunciou nesta quinta-feira, dia 04, que o órgão vai realizar uma auditoria nas contas da Fundação Municipal de Saúde (FMS) em Teresina.
Segundo Kennedy Barros, o foco da apuração será a aplicação dos recursos e os gastos na área da Saúde na capital – principalmente no final do ano passado quando aparelhos alugados foram retirados pela empresa contratada no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) – além do remanejamento de recursos da Saúde para outros órgãos da Prefeitura.
O presidente afirmou ainda que o prazo de conclusão da auditoria são duas semanas: “Não é razoável você fazer remanejamento de uma área por falta de recursos e no mesmo período ter equipamentos retirados de um hospital do nível do HUT”, disse Kennedy Barros.
O presidente determinou em decisão liminar no dia 28 de dezembro a imediata suspensão de decretos do prefeito Dr. Pessoa que retiravam recursos da FMS e colocavam em outras pastas da Prefeitura de Teresina.
“A Prefeitura, depois da liminar, se manifestou, mas no meu entendimento não é razoável suspender a liminar porque a prefeitura alega que está cumprindo o índice de gastos com Saúde. Ora, estar cumprindo o índice não quer dizer que fez o dever de casa e acabou não. O índice é o mínimo exigido para aplicação, não quer dizer que se atingir aquele índice pode pegar os recursos destinados para o funcionamento do HUT e colocar para outras áreas”, completou Kennedy Barros.
O presidente acredita que a auditoria vai esclarecer os motivos para mesmo diante da crise os recursos serem retirados da FMS. “A auditoria vai se debruçar sobre todos esses dados e consequentemente a população vai ter a oportunidade de enxergar o todo sobre essa situação”, finalizou Kennedy Barros.