Polícia conclui: tiro de policial matou garota Débora Vitória

A confirmação se deu após reprodução simulada do crime com uso de um scanner 3D
Redação PI24h

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (Dhpp), da Polícia Civil, concluiu que partiu do tenente José da Cruz Bernardes Filho, da Polícia Militar do Piauí, o disparo de arma de fogo que matou a criança Débora Vitória, 6. O crime ocorreu em novembro de 2022.

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A confirmação se deu após reprodução simulada do crime com uso de um scanner 3D. As versões do policial, da mãe e do acusado Clemilson da Conceição Rodrigues foram confrontadas pela tecnologia usada pela Polícia Civil.

“De fato, de acordo com o laudo da reprodução simulada, desse scanner 3D, houve consistência que o disparo realizado pelo policial militar atingiu o corpo da criança que veio a óbito em seguida”, disse a delegada Nathalia Figueiredo, do Núcleo de Feminicídio do Dhpp.

Débora Vitória foi morta durante uma tentativa de assalto no bairro Ilhotas, na zona sul de Teresina. No tiroteio entre policiais e criminosos a criança foi baleada e morta e a mãe ficou ferida em Teresina.

O tenente foi indiciado por homicídio qualificado por doloso eventual, por assumir o risco ao efetuar o disparo de arma de fogo. “Ele estava em uma situação que existiam civis, de troca de disparos, e, no meu entender, não poderia ter realizado [disparo], porque existiam uma mãe e uma criança na linha de tiro”, justificou a delegada Nathalia Figueiredo.

A defesa do policial contesta a decisão da Polícia Civil. As novas provas do caso foram enviada ao promotor Régis Marinho, do Ministério Público do Estado do Piauí (MP-PI), a quem caberá decidir se aceita, ou não, a denúncia apresentada pela delegada Nathalia Figueiredo. O policial segue atuando na corporação no Piauí.

Embriaguez

A mãe e o acusado relataram que o policial estava embriagado quando efetuou os disparos em Teresina. “Ele [Clemilson] relatou que por conta do estado alcoólico o policial estava atirando a esmo, chegando até a dizer que ele não sabia para onde estava atirando. Bate com o que mãe relatou a questão do estado de embriaguez. Diante disso tivemos fundamento para realizar o indiciamento dessa forma”, completou a delegada Nathalia Figueiredo.

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