- Influenciador Gabriel Spalone é preso no Panamá acusado de fraude via PIX
- Esquema desviou R$ 146 milhões; parte do valor ainda não foi recuperada
- Operação Dubai também prendeu outros dois suspeitos em São Paulo e Campinas
O influenciador e empresário Gabriel Spalone, de 29 anos, foi preso pela Polícia Federal no Aeroporto Internacional do Panamá na noite de sexta-feira (26). Dono de fintechs e com mais de 800 mil seguidores no Instagram, ele é suspeito de envolvimento em um esquema que teria desviado R$ 146 milhões por meio de operações via PIX.
O Que Aconteceu
- Operação Dubai deflagrada: Na terça-feira (23), a Polícia Civil de São Paulo iniciou a Operação Dubai, que investigava um esquema milionário de fraude envolvendo transferências via PIX indireto. Entre os alvos, estava o influenciador e empresário Gabriel Spalone, de 29 anos, dono de fintechs e com grande presença nas redes sociais.
- O golpe financeiro: As apurações apontam que, em 26 de fevereiro de 2025, foram realizadas 607 operações de PIX em apenas cinco horas, movimentando R$ 146,5 milhões a partir de dez contas ligadas a uma empresa parceira de um banco. O método utilizado é considerado ilegal, e embora mais de R$ 100 milhões tenham sido recuperados, o prejuízo ainda chega a cerca de R$ 39 milhões.
- Fuga internacional: Após ser incluído na investigação, Spalone deixou o Brasil e seguiu para o Paraguai, onde comprou uma passagem com destino a Nova York, que faria escala no Panamá. O objetivo, segundo a polícia, era chegar a Dubai, nos Emirados Árabes, local que o influenciador afirmava ser sua residência.
- Prisão no Panamá: Durante a viagem, Spalone desistiu da conexão para Nova York e tentou embarcar em um voo para a Holanda. Foi nesse momento, no Aeroporto Internacional do Panamá, que acabou preso pela Polícia Federal, com apoio do setor de imigração local.
- Desdobramentos e outros presos: As autoridades informaram que Spalone será extraditado inicialmente ao Paraguai e, em seguida, transferido para o Brasil. Outros dois suspeitos do esquema, Guilherme Sateles Coelho e Jesse Mariano da Silva, foram detidos em São Paulo e Campinas, respectivamente, e juntos teriam movimentado cerca de R$ 75 milhões.
