- Menor confessa ter atirado em colega dentro de colégio em Teresina
- Delegado relata fala de jovem após ataque: "Eu matei ele. E ele merecia morrer"
- Polícia Civil investiga motivação e dinâmica do ataque em colégio de Teresina
Uma adolescente confessou ter atirado no rosto de um ex-namorado dentro do refeitório do Colégio CPI em Teresina. Após o ataque, a jovem teria afirmado a um atendente de farmácia: “Eu matei ele. Ele merecia morrer”. A estudante foi apreendida pela Polícia Militar e permanece sob custódia, enquanto o caso está sendo investigado pela Polícia Civil. Durante o depoimento na Central de Flagrantes, ela manteve silêncio.
- Confissão do Ataque: O delegado Tales Gomes, Diretor de Operações de Inteligência da Polícia Civil do Piauí, afirmou nesta quarta-feira (04) que a adolescente apreendida suspeita de atirar no rosto do ex-namorado dentro de um colégio confessou o ataque ao atendente de uma farmácia de manipulação com quem conversou após o ataque em Teresina. Ela teria dito: “Eu matei ele. Ele merecia morrer”.
- Fala Tales Gomes: “Quando ela saiu do colégio ela entrou em uma farmácia de manipulação nas imediações, chegou para um dos funcionários e disse: ‘eu acabei de matar um amigo meu do colégio, chame a polícia’. O rapaz, acredito que por susto, perguntou: ‘mas se aconteceu isso você tem que informar alguém da escola, chamar o Samu’. ‘Não, eu matei ele. E ele merecia morrer’. E saiu da farmácia em direção a região do 25 [Batalhão de Caçadores] onde ela foi contida por pessoas e funcionários da escola. A Polícia Militar chegou, fez a apreensão da adolescente e apresentou ela aqui [na Central de Flagrantes]”, relatou o delegado Tales Gomes.

- Conversa Antes do Ataque: O delegado contou ainda que houve uma conversa entre os dois alunos e a jovem efetuou o disparo na região frontal do colega no refeitório do colégio em Teresina. “O rapaz caiu, a jovem deixou a arma em cima de uma das mesas, foi para o canto do refeitório, se voltou para o local onde o corpo ficou caído, outros funcionários chegaram e ela saiu do colégio”, contou o delegado Tales Gomes.
- Silêncio na Central: Em depoimento na Central de Flagrantes, na presença dos pais, de um advogado, e dois delegados, a estudante não falou mais: “ela se manteve em silêncio, não contribuiu em nada. A todo momento em silêncio, com a cabeça baixa e as mãos na face”.
- Motivação do Ataque: De acordo com o delegado Tales Gomes há informações preliminares de que a adolescente e a vítima tinham um relacionamento amoroso. Conflitos entre os dois podem ter motivado o ataque dentro da escola, mas a apuração segue em andamento.
- Arma do Pai: O sargento Leonardo Rodrigues Lopes, pai da adolescente, confirmou que a pistola calibre 9mm utilizada no ataque pertence a ele. A arma é de uso pessoal e não é da Polícia Militar do Piauí. A polícia agora investiga como a estudante teve acesso ao armamento e o contexto que levou ao ocorrido.

- Exames e Cirurgia: O diretor do HUT, Élio Rodrigues, informou que o estudante passa por exame de tomografia e será avaliado por um neurologista. Ele passa por atendimento de uma equipe multidisciplinar. Há a possibilidade de cirurgia. A bala atingiu a região frontal, acertando a boca do estudante.