- Coronel Ricardo Pires foi denunciado pelo estupro de crianças de 11 anos em Paulistana
- Ele foi preso ao se apresentar no Quartel do Comando-Geral da Polícia Militar
- A prisão foi decretada pela Justiça; caso é investigado pela Polícia Civil
O coronel Ricardo Pires de Almeida, da Polícia Militar do Piauí, foi preso nesta quinta-feira (31), suspeito de estuprar uma criança de 11 anos no município de Paulistana. Ele se apresentou no Quartel do Comando-Geral (QGC) da corporação em Teresina. O mandado de prisão preventiva foi decretado pela Comarca da Justiça de Paulistana.
Ricardo Pires de Almeida foi denunciado pela mãe da criança que gravou um vídeo nas redes sociais onde alega que a menor foi abusada dentro da casa dos avós. A mulher narra que a vítima ia para a residência enquanto ela estava no trabalho. O local também era frequentado pelo coronel da Polícia Militar.
Polícia Civil
O caso é investigado pela delegada Thainah de Souza Teixeira, da Divisão de Atendimento às Mulheres e Grupos Vulneráveis de Paulistana (Deamgv) de Paulistana. “Reforçamos que, por se tratar de uma apuração sigilosa, não é possível fornecer mais detalhes neste momento, a fim de preservar a eficácia dos trabalhos e evitar prejuízos à investigação. Esclarecemos que todas as diligências necessárias foram realizadas até o momento, e novas ações poderão ser tomadas conforme o desenvolvimento dos fatos e a necessidade da elucidação completa do caso”, disse, em nota, a Deamgv.
Ministério Público
O promotor Assuero Stevenson, da 9ª Promotoria de Justiça, solicitou a abertura de Inquérito Policial Militar (IPM) que deve tramitar em paralelo com a investigação da Polícia Civil. Ele relatou que recebeu outra denúncia de um pai cujo a filha de 10 anos também teria sido abusada pelo coronel Ricardo Pires de Almeida.
“São fatos graves. Ontem eu recebi uma ligação de um pai que estava desesperado porque a filha dele também tinha sido abusada por esse policial quando ela tinha 10 anos. Hoje ele já fez uma declaração na promotoria, e encaminhei. Não vou identificar a garota, mas os fatos que ela trouxe também são repugnantes”, disse o promotor Assuero Stevenson.
Polícia Militar
Em nota, a Polícia Militar informou que está em contato com a Polícia Civil para obter informações sobre o inquérito policial, dado que o caso envolve um crime de competência da esfera comum.
No âmbito militar, a Polícia Militar, por meio da Corregedoria-Geral, adotará as devidas providências e solicitará cópias do inquérito policial para a instauração de um procedimento administrativo, onde o referido oficial ficará afastado de suas funções durante as apurações.
A instituição reafirma seu compromisso com a transparência, o rigor e o respeito às normas e leis vigentes na condução deste caso.