A Polícia Federal deflagrou na manhã desta segunda-feira, dia 12, a Operação Mustache para combater desvio de recursos públicos federais nas áreas de saúde e educação em nove municípios do Piauí e do Maranhão.
A investigação apurou uma série de irregularidades em contratos e aditivos celebrados por entes públicos com as empresas investigadas, que resultou no sequestro de bens e valores dos investigados de mais de R$ 10 milhões determinados pela 1ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Piauí.
Ao todo, 70 policiais federais estão cumprindo 34 mandados de busca e apreensão e 12 mandados de sequestro de bens e valores em endereços vinculados aos investigados, dentre eles nove órgãos públicos municipais, além de residências e empresas vencedoras das licitações no Piauí e no Maranhão.
A Controladoria Geral da União (CGU) identificou indícios de fraude e direcionamento das contratações em benefício do grupo de empresas que se sagravam vencedoras de licitações no Piauí. Os auditores identificaram ainda superfaturamento por sobrepreço e por quantidade, com emissão de notas fiscais com quantidades de produtos superiores às entregues, ou venda de “notas fiscais frias”, quando é feito o pagamento dos impostos, porém sem entrega de produtos.
O inquérito policial apura crimes licitatórios, crimes contra a administração pública, lavagem de dinheiro e organização criminosa no Piauí e Maranhão. O nome da operação, “Mustache” [bigode em inglês], faz referência ao uso pelo grupo criminoso dos endereços de uma barbearia para o registro de “empresas de fachada” em Teresina.