- O agro registrou 15,1%, um recorde na série histórica
- O consumo das famílias teve um aumento de 3,1%
- Os Investimentos foram acometidos por uma regressão de -3%
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 2,9% em 2023, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Publicado nesta sexta-feira (1), o estudo mostra que em termos nominais, foram R$ 10,9 trilhões no ano.
O crescimento esteve próximo ao de 2022, quando o Brasil teve uma alta de 3% em sua atividade econômica. O último trimestre, porém, mostrou uma desaceleração da economia e fechou estável em relação ao trimestre anterior (0%).
As dinâmicas foram diferentes no primeiro e segundo trimestres. Uma safra excepcional de grãos foi responsável por alavancar a economia no primeiro semestre do ano com uma produção recorde nas safras de soja e milho. A agropecuária registrou alta de 15,1% no ano, o que é um recorde na série histórica iniciada em 1996.
Desta maneira, a agropecuária pôde contribuir com outros setores da indústria como as exportações (9,1%), a indústria de alimentos e segmentos específicos do setor de serviços.
Indústria e suas nuances
O setor da indústria teve como destaque positivo o segmento de Indústrias Extrativas, com um crescimento de 8,7%, advindo principalmente da alta na extração de petróleo e gás natural e de minério de ferro. O setor ligado a eletricidade, gás, água, esgoto e atividades de gestão de resíduos teve uma melhora de 6,5% devido a melhora no acumulado de chuvas em relação à 2022 e o aumento das temperaturas médias do ano.
O setor de Transformação, porém, teve um desempenho negativo de – 1,3% após a queda na fabricação de produtos químicos, máquinas e equipamentos; metalurgia; indústria automotiva. A Construção seguiu o mesmo caminho e registrou queda de 0,5%.
Serviços: maior do Brasil
No segundo semestre, o setor de serviços permaneceu resiliente e todas as atividades ligadas ao ramo apresentaram crescimento. No total, o setor de serviços cresceu 2,4% em 2023.
– Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (6,6%)
– Atividades imobiliárias (3,0%)
– Outras atividades de serviços (2,8%)
– Informação e comunicação (2,6%)
– Transporte, armazenagem e correio (2,6%)
– Administração, defesa, saúde, educação pública e seguridade social (1,1%)
– Comércio (0,6%)
Aumento no consumo das famílias
Pelo lado da demanda, o consumo das famílias também teve um aumento e chegou a 3,1%. No quarto trimestre, os dois quesitos mostraram forte desaceleração. O recuo mais relevante do ano aconteceu no setor de Investimento, que regrediu – 3%, se colocando 18,4% abaixo do pico histórico registrado em 2013.